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Mario Sergio Cortella é o novo Cidadão Benemérito do Paraná

O professor, doutor, filósofo e paranaense, Mario Sergio Cortella, recebeu nesta segunda-feira (03), na Assembleia Legislativa do Paraná, o Título de Cidadão Benemérito do Paraná, durante sessão solene que atendeu a proposição da Comissão dos Direitos da Juventude, presidida pelo deputado estadual Paulo Litro (PSDB).

Diversas autoridades estavam presentes para prestigiarem a outorga de uma das mais altas honrarias do Estado do Paraná. De acordo com o deputado Paulo Litro, o objetivo é reconhecer a atuação do professor, que leva o nome do Paraná aos quatro cantos do Brasil. “Queremos valorizar os paranaenses que dão orgulho ao nosso estado. O professor Cortella faz questão de falar que é daqui, em todas as suas palestras e faz isso com muita satisfação”, destacou Paulo.

Cortella falou sobre o orgulho de ser paranaense, das frequentes visitas que faz ao estado até para conhecê-lo mais profundamente, e disse que recebia a homenagem como um afago, “muito honrado e obeso de alegria”: “Uma das coisas boas dos tempos atuais é ser considerado benemérito”, acrescentou, observando que nasceu em Londrina, morou algum tempo em Marialva e Maringá, voltou a Londrina e de lá saiu aos 13 anos.

Ainda de acordo com Paulo Litro, a homenagem é uma forma de reconhecer a grande importância que o professor Cortella e a sua obra têm na atualidade, principalmente para a juventude. Segundo o parlamentar, “a didática e a inteligência do mestre rompem com formas arcaicas de ensinar Filosofia, atraindo a atenção de todos que assistem a suas palestras, leem seus livros ou ouvem seus comentários sempre brilhantes, nos meios de comunicação”.

Aproveitando a afirmação do professor, de que procura fazer do ensino da filosofia uma coisa simples, “mas não simplória”, atribuiu à simplicidade e capacidade de aplicar essa ciência aos fatos do cotidiano a grande empatia que Cortella estabelece principalmente com os jovens.

Estiveram presentes na cerimônia a secretária de Estado da Educação, Lúcia Aparecida Cortez Martin, representando a governadora Cida Borghetti (PP); o defensor público geral do Estado, Eduardo Pião Ortiz; os deputados Tiago Amaral (PSB), Evandro Araújo (PSC), Felipe Francischini (PSL) e Professor Lemos (PT), todos membros da Comissão de Defesa dos Direitos da Juventude, além dos deputados Hussein Bakri (PSD), presidente da Comissão de Educação, Dr. Batista (PMN), Elio Rusch (DEM), Claudio Palozi (PSC) e Luiz Claudio Romanelli (PSB).

A proposta de outorga do Título foi sancionado por meio da Lei  estadual nº 19.415/2018, por proposição da Comissão de Defesa dos Direitos da Juventude que é constituída pelos deputados Tiago Amaral (PSB), Alexandre Guimarães (PSD), Evandro Araújo (PSC), Felipe Francischini (PSL), Pedro Lupion (DEM) e Professor Lemos (PT).

Mario Sergio Cortella nasceu em Londrina, em 5 de março de 1954. Chegou a viver em um convento da Ordem dos Carmelitas Descalços, entre 1973 e 1975, mas trocou vida monástica pela carreira acadêmica. Graduou-se em Filosofia e fez depois mestrado e doutorado em Educação, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O mestrado se deu sob orientação do professor Moacir Gadotti, enquanto o doutorado teve orientação de Paulo Freire.

Foi professor na PUC-SP, da Fundação Getúlio Vargas e da Fundação Dom Cabral e fez também uma incursão na vida pública como secretário de Educação de São Paulo, na gestão da prefeita petista Luiza Erundina, em 1991/92.

Entre seus maiores êxitos editoriais está O que a Vida me Ensinou, livro em que aborda a morte, a espiritualidade e a importância de se dar razão e sentido à vida. Antes disso, já havia escrito livros em parceria com os teólogos Frei Betto e Leonardo Boff.  Outro parceiro foi o filósofo Renato Janine Ribeiro, no livro Política: Para Não Ser Idiota, e Yves de La Taille, no livro Labirintos da Moral. Diversos outros títulos compõem a vasta obra de Cortella, como provocações filosóficas que atingiram sempre sucesso de crítica e de público.

Por conta dos livros, de sua ativa participação em programas de comunicação e de suas cada vez mais concorridas palestras, Cortella virou uma celebridade bem-sucedida em seu esforço de popularizar e democratizar conceitos filosóficos complexos, frequentemente inacessíveis ou pouco acessíveis ao público leigo.